terça-feira, 21 de agosto de 2012

Chá de Bebê/Chá de Fraldas (post atrasado)

Vou falar um pouco sobre OS Chás da Alice, e aproveitar pra matar as saudades daquele fim de gravidez relembrando...
  A festa fiz com 35 semanas de gestação, 8 meses. Chamei a família e os amigos, pedi um pacote de fraldas tamanho M ou tamanho G. Não tive tempo nem disposição de criar tudo com as minhas mãos, e bater perna procurando material... Então compramos um pacote de buffet com decoração.As únicas coisas que eu fiz foram as lembrancinhas, o bolo de fraldas e a cartolina de recados.
   Também é comum na empresa do meu marido ter um chá de fraldas interno em que todos levam uma fralda e mais um item que escolhem da lista, e terminam o dia com um lanche. (A mãe não vai! rs) 
Pra mim valeu muito a pena, todo mundo que eu não encontrei na gravidez pode curtir um pouco da barriga, ganhei tanta fralda somando os dois que até hoje não comprei nenhum pacote!! E ainda tem muita! rs

                                                      A decoração foi rosa e marrom:



              Comprei cartolina rosa e montei no computador esse "título", depois imprimi e colei na cartolina.                                                        




Um pouco só das fraldas, lenços, pomadas, shampoos e etc que ela ganhou!






As lembrancinhas foram uns sabonetes em forma de ursinho rosa e azul, bem cheirosinhos




                                                O bolo de fraldas e as lembrancinhas prontas:


  Dei esses papeis para as pessoas adivinharem, quem adivinhou ganhou uma caixinha de biscoitos bauduco!        (Tinham 57 fraldas!)



Esse foi o vencedor do bolo de fraldas, acertou 57 em cheio!




O bolo tava uma gracinha!


                                                                         
                                                                 Eu e marido!



                            No fim das contas virou uma bagunça, uma mesa de bar, karaoke...                                                            




                                                E tivemos discursos do bisavô de Alice



                  A mamãe roubou o microfone do Tio Leo pra contar direito como ele apresentou o Papai a ela!
                                                                     



                               E aqui eu já não me aguentava mais em pé! Que saudade do meu barrigãooo!




 Foi tudo muito legal, e compensou o cansaço! No Chá do trabalho eu montei a lista, e deveria ter colocado mais lenço umedecido e menos pomada, muita gente deu pomada (que demora pra acabar) e pouca gente deu lencinho (que acaba muito rapido!!) .  Essa é minha dica, muitas fraldas tamanho M e lenços pra deixar os bumbuns dos bebes cheirosinhos! rs

domingo, 19 de agosto de 2012

Blogando na madruga

Ok, não é tão madrugada mais. São 05:25 da manha e, até eu enviar esse post, será de manhã. Alice está passando por uns dias complicados (e umas noites também, claro), por culpa de uma gripe muito forte. Não gosto nem de lembrar o quanto ela ficou abatida por uns dias, ao ponto de nao conseguir abrir os olhinhos e ficar chorando baixo. Me considero sangue frio, mas confesso que me controlei muito em alguns momentos pra não perder a linha, afinal ela precisava de mim mais do que nunca.  Passei noites nebulizando, dando remédio, amamentando, ou simplesmente dando colo. Ela ainda tem 7 dias de antibiótico pela frente, mas já é outra criança. Voltou a ser aquela espoleta, risonha e simpática de sempre. Simpática com todo mundo, se um estranho quiser segurar ela vai toda feliz de conhecer um colo novo.  A única coisa que permanece é uma tosse forte que até a deixou rouca! ( E é essa tosse a responsável pelo meu despertar).
   Cada passo é uma etapa vencida e ultrapassada, seja me dando um alivio ou deixando uma saudade. Aproveito cada minuto dela bebê pois sei o quanto vou sentir saudade! O tempo todo ela nos presenteia com suas gracinhas e habilidades novas... Acho que a mais recente é a de segurar os pezinhos e colocar na boca.  Aprendeu logo depois de completar 4 meses e, como sempre, estamos aqui para corujar!



E aqui, o que será que ela estava fazendo antes de eu chegar no berço? auhauhauahuuah




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Baby Blues. A tristeza que atinge até 80% das puérperas



   Eu não sabia o que era Baby Blues.  Então foi assim: Dia 23/03/12 minha filha nasceu no hospital. Dia 25 no fim do dia, chegamos em casa e eu a cada minuto me apaixonava mais pela baby. Com 5 dias pós parto meu marido voltou a trabalhar e então um turbilhão de emoções me atacaram... Chorei até anoitecer! Todos os dias que ele ia trabalhar eu chorava achando que nunca mais voltaria.
   Pensei que não aguentaria ficar sozinha com ela o dia inteiro, pensei que as dores da amamentação e da cirurgia nunca passariam. Fiquei deprimida ao me ver 16 kg "maior" e o inchaço só aumentando. Coisas como "Será que eu fiz a coisa certa em ter filho agora?" passavam pela minha cabeça.
  Comecei a zanzar por fóruns online, em busca de consolo, afinal minha tão esperada filha estava ali e eu não me sentia nada feliz. E então descobri que eu não estava sozinha! Cerca de 50% a 80% de todas as mulheres passam por isso após o parto e surge justamente do 3º ao 5º dia depois do nascimento! Maldito Blues!
   Isso acontece pela queda brusca dos hormônios no nosso organismo, sem contar as mudanças repentinas na nossa rotina, falta de sono, e os medos e anseios por essa vida que acaba de chegar.  É muito difícil se sentir na maior das fossas e ter um recém nascido pra cuidar.
   Quase confundi com depressão pós parto (que atinge cerca de 10% das puérperas), mas existem algumas diferenças significativas para a pessoa saber identificar o que está passando. A maior delas é que na DPP a mãe se sente incapaz de cuidar do filho, não tem vontade de cuidar (E REALMENTE NÃO CUIDA), e em certos casos mais severos acaba maltratando o filho. No Blues também nos sentimos incapazes em alguns momentos (até quem não passa por isso as vezes se sente não é mesmo?), porém não existe essa repulsa, rejeição ao bebê.  
   Outra diferença entre DPP e Blues é a duração da melancolia, a DPP perdurando por mais tempo, e as vezes só cessando com medicação controlada. No meu Blues, em menos de duas semanas já estava 90% melhor.

Recebi muitas dicas que me ajudaram, como por exemplo:

- Se forçar a tomar banho, passar uma maquiagem (leve, pra não dar alergia no bebê)
- Sair de casa com o carrinho, passear, tomar sol (afinal todos os dias o baby vai ter que pegar um solzinho da manhã, o que ativa a vitamina D e cura icterícia leve)
- Ver e conversar com as pessoas que você gosta
- Ter um tempo a sós nem que seja na hora do banho, mas um banho demorado e relaxante

E mais importante de tudo, ter a consciência absoluta de que PASSA!

Espero que tenha ajudado quem vai ter filho em breve a se preparar mais um pouco, afinal não importa o quanto nos achamos preparadas... Nunca é suficiente!

:)


Aqui nós estávamos pegando o sol da manhã e minha cara descreve perfeitamente como eu estava me sentindo.

  
Depois que passa a gente ri, né? rs

sábado, 28 de julho de 2012

Amamentação

Vou contar como foi a minha experiencia e como está sendo ainda amamentar. E dar algumas dicas simples para obter sucesso no aleitamento materno. Já adianto que será mais um post grande, pois gosto de ler e escrever detalhes!

 Bom, em primeiro lugar é essencial que a pessoa tenha consciencia dos benefícios que o leite materno trás, tanto do ponto de vista emocional quanto fisiológico. Nosso leite tem o poder de alimentar a criança de forma completa e suficiente, além de nutrir e fortalecer os vínculos mãe-filho.
 Aqui está uma lista com alguns desses benefícios (fonte: revistacrescer.globo.com)

 1. O leite materno é o alimento mais completo e equilibrado, pois atende a todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os 6 meses de idade;

2. Fácil de ser digerido, provoca menos cólicas nos bebês;

3. Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade, intolerância ao glúten;

4. Contém uma molécula chamada PSTI é responsável para proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos;

5. O momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas;

6. Previne a anemia;

7. A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê;

8. Amamentar por mais de 6 meses faz bem à saúde mental da infância à adolescência, segundo estudo coordenado pela Universidade do Oeste da Austrália. Segundo os pesquisadores, substâncias presentes no leite (como a leptina) ajudam a combater o estresse. O contato e o vínculo entre mãe e filho promovido pelo aleitamento também têm um efeito positivo no desenvolvimento psicológico da criança.

9. Quando o ômega 3 está presente no leite materno, o que varia de mulher para mulher de acordo com sua alimentação, ele ajuda no desenvolvimento e crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida;

10. Ajuda no desprendimento da placenta, contribuindo para a volta do útero ao tamanho normal. Com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, que a mãe sofra de anemia;

11. Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário;

12. Estudo publicado na American Journal of Obstetrics revela que a amamentação reduz o risco de a mulher desenvolver síndrome metabólica (doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para aquela que teve diabetes gestacional;

13. A amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia (mas dá uma fome...);

14. É de graça, natural, prático, e não desperdiça recursos naturais;

15. Está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa nem aquecer).

16. Pode ajudar seu filho a ter melhor desempenho nos estudos e aumentar a chance de ele frequentar uma faculdade, segundo uma pesquisa norte-americana. Eles analisaram o desempenho escolar de 126 irmãos de 59 famílias. O resultado sugeriu que aquele que recebeu um mês a mais de leite materno apresentou aumento de 0,019 pontos na média de pontuação no ensino médio e aumento de 0,014 na probabilidade de cursar o ensino superior.

17. Protege a mãe contra doenças cardiovasculares, segundo estudo realizado pela Universidade de
Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para a pesquisa, foram analisadas 140 mil mulheres no período pós-menopausa, ou seja, com média de 63 anos, e o resultado mostrou que aquelas que amamentaram por mais de um ano tiveram 10% menos risco de sofrer com essas doenças, se comparado com aquelas que nunca amamentaram.



Essencial também, é o bebê ter uma pega correta ao seio. Sua boca deve sugar por toda aureola e não somente no bico do seio, evitando fissuras e machucados. E mais importante ainda, é o seio sempre ser estimulado. Como? O bebê deve sempre sugar. Quando mais ele sugar ao seio, mais leite será produzido (e a melhor forma de garantir isso é com a livre demanda, ou seja, a qualquer momento que o bebe pedir o seio ser oferecido, não estipular horarios). Devemos confiar no nosso corpo. Ele sabe quanto o bebe precisa, por mais que possamos ter a sensação de pouco leite, é somente uma sensação. O colostro (leite que é produzido durante a gravidez e essencial para a alimentaçao do recém nascido nos primeiros dias), será suficiente até a descida do leite (já branquinho).

     A pega correta


                                                                  Como foi comigo?

No final da gravidez eu ja tinha vazamentos de colostro, muito colostro mesmo. Acordava enxarcada e as vezes até meu marido era atingido. haha  Quando ela nasceu eu não tive problemas para amamentar, o pediatra tinha consciencia da importancia dela mamar na primeira hora de vida e assim foi feito. Pegou bem ao seio, mamava de 3 em 3 horas de dia e de noite.

 Depois de uns 2 dias o leite desceu. E aí a brincadeira começou de verdade... rs Os peitos ficam enormes de uma hora pra outra, se gastam absorventes e mais absorventes de seio, vaza muito mesmo. Até o corpo entender a quantidade que o bebê mama, ele produz muito mais que o necessário! E essa é a hora da bombinha tira leite aparecer! Tire leite, armazene o quanto puder! Não precisa gastar com saquinhos especificos para armazenagem do leite materno, compre aquele potinho universal (menos de 1 real cada um). Esse mesmo que se usa em exames de fezes e urina. Já veem esterelizados, são DESCARTAVEIS, e super praticos!!
 Com o leite armazenado pode se continuar a amamentação exclusiva mesmo que a mãe tenha que sair de casa e deixar o filho com outra pessoa. Ou ainda pode ser feita a doação para algum banco de leite perto de sua casa, os prematurinhos de hospitais carentes agradecem!!!

 Então, depois de alguns dias em casa eu estava com tanto leite sem ser mamado que sofri com uma mastite que me rendeu quase 40 graus de febre. É importante ter a consciencia de que o melhor remedio é CONTINUAR AMAMENTANDO!!! Mandar parar de dar peito por causa da mastite é o maior erro que um médico pode cometer contra o aleitamento!
 Os seios começaram a doer, meus bicos racharam, sangrava, era horrível. Eu entendi porque tanta gente desiste de amamentar e quando via outras mulheres amamentando tranquilamente tinha vontade de chorar, não entendia como aquilo era possível, já que eu me segurava pra não gritar e chorar a cada mamada.
 Eu ficava olhando o relógio, 40 minutos mamando, 40 minutos sofrendo. Faltam 3 horas, 2 horas, 1 hora, e então mais 40 minutos de sofrimento.
 A cada mamada eu pensava em ir na farmácia comprar uma lata de fórmula, NAN. E a cada mamada eu estava mais próxima do sucesso e mais distante da dor.  Usei a pomada Lansinoh e não sei se adiantou, mas em 1 semana o bico havia calejado e toda a dor se transformou em prazer!
  Alice não é considerada um bebe gordinho (apesar de ter dobrinhas deliciosas e uma bochecha de matar), tem 4 meses e na ultima consulta estava com 6 kg e 63 cm. E por isso eu vou achar meu leite fraco? De jeito nenhum! É o biotipo da criança, ela mama muito bem, meu leite é perfeito pra ela, dorme a noite inteira, e eu não tenho do que reclamar! (Meu bolso também agradece!)
 NÃO EXISTE leite fraco!

Hoje, são 4 meses e 5 dias amamentando, mas parece que fiz isso a minha vida toda de tão natural, simples e prazeroso. Ela ama, lógico, serve de chupeta, alimento, carinho, tudo. E AMO ISSO! Minha filha não chupa chupeta, e essa foi uma escolha MINHA. (Claro que ela ajudou não pegando de jeito nenhum, mesmo com insistencia de outras pessoas) rs

Já ouvi muito coisas como " Vc ainda amamenta??? Nossa, se fosse eu já tinha tacado cremogema, não tenho paciencia!"  Pois eu tenho toda paciencia do mundo pra minha Lili, to aqui por ela e para ela, pro que ela quiser!






Se vc quer amamentar, não desista, é a melhor coisa para vc e seu bebê!  Quem não quer uma carinha dessa te olhando?  




 


quinta-feira, 5 de julho de 2012

O meu parto!

Estou aqui pra relatar meu trabalho de parto e por fim o nascimento da minha pequena, mas já adianto que não foi como eu sonhava, porém valeu cada segundo.

                                     O TRABALHO DE PARTO

Entrei em trabalho de parto de quinta dia 22 de março pra sexta dia 23,aí fui no consultorio da médica meio dia mais ou menos sentindo umas colicas leves...Estava com 3 cm de dilatação. Ela falou pra ir pro hospital 13:30h da tarde pra internar já. Cheguei no hospital e passei pela emergencia antes da internação,ali já estava com 4 cm. A médica da emergencia o tempo inteiro me perguntava "vc tem certeza q vc tá sentindo alguma coisa?? com essa cara de paisagem não dá nem pra acreditar!"  Enquanto eu esperava a minha obstetra chegar o tampão saiu inteiro.
Ela chegou e me colocou no cardiotoco (aparelho que mede a intesidade das contrações uterinas), estava tendo muitas contrações mesmo, regulares e fortes. Fomos para sala de parto normal, enchemos a banheira e nisso ja estava com 5 cm dilatados ... muiiiito tranquilo. O tempo todo eu me achando muito forte por não estar sentindo nem 1% do q as pessoas descreviam. 
 Antes de entrar na banheira pra aliviar a dor (que eu nem estava sentindo, na verdade) a médica resolveu estourar minha bolsa, porque Alice estava muito alta e não abaixava nada nadaaaa (não sabiamos o motivo até então), fez o procedimento e então eu fui direto para a água.... veio uma contraçao bem forte e pensei "ainda dá pra aguentar". De repente, fico dificil de suportar e pedi anestesia... fui para a maca esperar a anestesista aplicar e entrei na famosa "partolândia". Estava com 6 cm de dilatação. A dor é muito intensa mesmo. 
 A anestesista explicou q ia aplicar uma dose pequena porque era importante continuar sentindo as contrações, mas q em 15 minutos eu não sentiria dor, apenas a barriga endurecer conforme o útero contraísse.. A partir daí só lembro que eu urravaaaaa com a cara no travesseiro, vocalizava, de alguma forma isso ajudava a passar por cada pico de dor. Passaram 15 minutos e a anestesia não aliviou nem um pouco, eu continuava em outro planeta, tremendo MUITO de frio, dormindo nos breves intervalos
das contrações...Aquilo tudo que eu tanto sonhei sentir. As lágrimas escorriam, eu tremia, vocalizava, pedia anestesia, pedia pra aumentar a dose, a anestesista aumentava e naaaaaaaada de diminuir a intensidade da dor!  Ao todo foram 4 aplicações de anestesia e ZERO % de alívio da dor. Eu com 8 cm de
dilatação, recebi mais um exame dolorido de toque e foi constatado que Alice ainda não tinha descido praticamente NADA. Ou seja, o parto evoluia, eu sentia vontade de empurrar durante as contraçoes, empurrava, vocalizava e ela de alguma forma presa sem conseguir descer... 

 Eu disse pro meu marido que não ia aguentar mais, ele ainda tentou me apoiou dizendo que faltava muito
pouco pra eu desistir, mas eu já não raciocinava o suficiente pra entender isso.
 Minha médica me explicou que demoraria a nascer no parto normal por ela estar
muito alta e não poderia mais aumentar a dose da anestesia porque eu pararia de
sentir as contrações, poderia prejudicar o trabalho de parto. E me disse que achava que tinha alguma coisa atrapalhando a descida dela, mas só saberíamos se operassemos. Naquele ponto da situação, eu já não tinha mais forças nem condições psicológicas para argumentar com nada.

                                             Fui então para a cesária.

      
                                              O NASCIMENTO


 A médica teve dificuldade de puxar ela até na operação, pois ela estava encaixada toda torta no osso, com inclusive as orelhinhas dobradas e sendo apertadas (durante algumas horas ainda ficaram tortinhas
depois do nascimento). Eu iria continuar tentando normal e quando ela descesse um pouco e a médica sentisse a posição dela, teriamos q correr para a cirurgia de qualquer forma pois era uma posição que impedia o nascimento por vias naturais.

 Depois q ela nasceu e foi para o berçário com o pai, estavam me "fechando" e senti muita dor na barriga, a anestesista teve q aplicar mais 4 vezes  um "remedinho pra dor", até que elas ficaram muito preocupadas com meu estado, tremendo tanto de frio que parecia convulsão, vomitando e com dor no meio da operação. Por fim me aplicaram morfina e aí fiquei meio grogue de tanta anestesia que tomei... em apenas uma hora eu e ela já estavamos no quarto e ela mamou. Em nenhum momento parei de sentir minhas pernas, não amarraram meus braços, abaixaram o pano pra eu ver ela nascendo, saindo da barriga e a segurei logo em seguida...
                           Considero que tive uma cesariana humanizada!
 Os pontos foram somente internos, e por fora foi colado. Só senti muita dor no dia seguinte, pedi remédio (coisa que não é do meu normal fazer, tanto que nem quando operei o apêndice pedi para aumentarem a dose do remédio pra dor).   Ainda bem que tive meu marido pra me ajudar por 5 dias inteiros no pós operatório, e até hoje ele me ajuda com tudo que eu preciso. (Dá banho, troca fralda, faz dormir...)
  Aquele médico, o obsTRETA, estava certo em uma coisa... em 15 dias eu não senti mais dor. Ele só estava errado em achar que 15 dias é pouco tempo. Foram as duas semanas mais longas da minha vida, querer cuidar sozinha, levantar pra pegar minha filha e depender de outras pessoas para isso. Tossir e ter a sensação de que eu iria rasgar os pontos.

Agora com toda propriedade posso afirmar que a dor do parto normal, por mais intensa que ela seja, é maravilhosa, compensadora. Já a da cesária, foi triste pra mim e atrapalha os cuidados com o recém nascido.


  Tudo passou, tudo valeu a pena, e quem sabe se eu tiver um outro filho eu possa ter a experiência completa do Parto Natural!


Alice nasceu as 20:00 hrs do dia 23/03/2012, de uma cesariana após um trabalho de parto quase completo, e PASMEM , com o APGAR 10/10 (incrível para um bebê de cesária, mas acredito que o trabalho de parto tenha sido o responsável por isso).


Hoje minha princesa está com 3 meses e quase 2 semanas de vida! Risonha, dorme a noite toda, esperta, perfeita!!

Em breve postarei sobre Amamentação e depois sigo com postagens sobre o desenvolvimento dela. =)

Ela mama exclusivamente no peito.

Obrigada a quem aparece nesse cantinho de vez em quando, quero deixar tudo registrado aqui como um diário pra mim mesma e no futuro a minha pequena!





quarta-feira, 7 de março de 2012

A busca pelo Parto Normal Humanizado


Esse post é para quem acha que para ter o parto que se quer, basta escolher. Infelizmente isso só em um mundo imaginário. Hoje o Brasil é o recordista mundial em cirurgias cesarianas, com um índice de mais de 44% , sendo mais de 80% disso na rede PARTICULAR, enquanto a Organização Mundial de Saúde recomenda que apenas 15% dos nascimentos sejam via cesária (e sempre com uma justificativa). Isso se deve a diversos fatores, mas o maior deles é o valor pequeno que os médicos recebem pelos planos de saúde para ficarem horas e horas a disposição da parturiente, enquanto em uma cesariana ou um dia de atendimento em consultório ganhariam muito mais. Se na primeira consulta de pré natal você expressar a vontade de ter um parto normal, e o médico falar "está muito cedo pra falar de parto"... FUJA DESSE MÉDICO!!! Ele com certeza vai querer te empurrar uma cesária (que muito provavelmente será totalmente desnecessária) com várias desculpas do tipo "o bebê está passando do tempo", "o bebê é muito grande pra você", "o bebê está com o cordão enrolado no pescoço", ETC, ETC, ETC. Eu não fugi, continuei com um médico desse tipo até 30 semanas de gestação, até que percebi que saia deprimida de todas as consultas... Pois ele sempre queria me desencorajar, falando de fórceps, dores do parto e ao mesmo tempo falando o quanto a cesária é maravilhosa que em 15 dias a mulher já está fazendo de tudo. Meu Deus, me dá desespero só de lembrar! Não acredito que uma pessoa realmente ache que 15 dias sem poder levantar, abaixar, cuidar do seu filho sozinha, é POUCO TEMPO. Não vou nem entrar em muito mais detalhes sobre os milhares de benefícios do parto normal, e os milhares de malefícios de uma cirurgia de grande porte em casos desnecessários (que não sejam para salvar a vida da mãe ou do bebê). Se o seu médico quiser te empurrar uma cesária, por favor se informe, leia muito antes de aceitar tudo o que ele disser. Se ele falar que o seu bebê está com qualquer tipo de problema e precisará nascer por uma via cirúrgica, e marcar o "parto" para a semana seguinte, FUJA. Pois se seu bebê estivesse realmente em perigo ele te mandaria diretamente do consultório para o centro cirúrgico, e não te encaixaria na hora mais conveniente da agenda dele.

Já no sistema público de saúde, acontece o contrário. Afinal a cesária custa mais né? Os plantonistas inexperientes costumam forçar o parto normal até o fim, ou até o momento em que uma tragédia ocorre. Não é um parto natural e muito menos humanizado, é apenas um parto VAGINAL. Onde a mulher já começa a sofrer intervenções desnecessárias a partir do momento que é internada. Vão deixar ela no famoso sorinho (de ocitocina, pra acelerar o trabalho de parto e consequentemente intensificar em mil as contrações o que não necessariamente significa que a dilatação vai acompanhar essa intensificação das dores), vão deixar ela sem contato com os familiares, (mesmo sendo LEI no Brasil, que é direito de TODA parturiente ter ao seu lado um acompanhante de SUA escolha homem OU mulher, antes, durante e depois do parto), também vão deixa-la SEM COMER o tempo inteiro, e depois que a mulher já estiver exausta e sem energia vão a fazer empurrar o bebê mesmo se ela ainda não sente essa necessidade, e quando o bebê demorar pra sair vão lhe empurrar a barriga, fazer um corte em sua vagina (episiotomia) e ainda puxar a coitada da criança com o fórceps. Quando não acaba em pós parto terrível para a mulher e danos irreparáveis em seu períneo, uma tragédia que deixa a criança com sequelas ou até a leva a óbito, vai acabar em uma cesária mesmo após tanto sofrimento. E acabamos ouvindo diversas histórias terríveis de parto normal, pelas próprias pessoas q tiveram essas experiências e aconselham que todos façam cesária. É triste, mas tudo começou com um sorinho... uma intervenção levou a outra, que levou a um péssimo parto. Se tudo seguisse seu fluxo naturalmente e no tempo do próprio bebê (sejam 4 horas ou 20 horas de trabalho de parto), essa bola de neve não se formaria, e a experiência seria maravilhosa.

E isso também acontece em partos particulares, quando o médico está fazendo aquele parto totalmente contra a vontade dele, só porque não deu pra fugir mesmo.

Por isso uma mulher querer PARIR hoje em dia, é uma coisa chocante para a maioria das pessoas. O que mais vão existir são comentários do tipo "Nossa mas pq vc quer isso?? Vc vai morrer de dor!!" ou " A cesaria é muito melhor, hj em dia ninguém precisa sentir dor pra ter filho, é só marcar a hora!" ou ainda "A CESARIA NÃO É UM BIXO DE SETE CABEÇAS!" rs


Quem vai ter filho e já quer marcar a data da cesária a partir do dia que descobre a gravidez, por favor, procure se informar primeiro pra pelo menos ter a certeza de que quer aquilo mesmo. E se acabar decidindo pela maravilha do Parto Normal HUMANIZADO, procure uma boa assistência médica indicada por alguém de confiança como um médico que vai respeitar as suas escolhas e não vai te enrolar no fim. Uma boa pergunta a se fazer ao médico na primeira consulta é "Qual é o seu índice de cesarianas e partos normais?" Na pior das hipóteses ele vai te enrolar um pouquinho, mas se você estiver preparada para todas as desculpas que ele te der, nada vai funcionar e você vai encontrar um médico de confiança uma hora ou outra.


Eu encontrei a minha médica com 31 semanas de gravidez, e garanto que não há nada melhor em saber que se eu acabar em uma mesa de cirurgia, será realmente por necessidade e não comodidade.

Pra quem quiser se informar mais um pouco aqui vai um site bem informativo e simples de navegar:



Se você pretende engravidar, procure desde já um médico humanizado pois até no pré ou pós parto vai fazer diferença!


Ps.: Foto do book de gestante com 30 semanas de gestação. Espero conseguir fazer um post ainda sobre o Chá de Bebê antes que ela nasça, pois já estou com 36 semanas!! (e MUITOOOO ansiosa!)




quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O andar da gravidez até a semana 29


Muito tempo sem escrever, então vou fazer um post sobre as últimas semanas e em breve outro sobre a grande busca por um Parto Humanizado.


O tempo passou rápido até o sétimo mês, agora se arrasta lentamente... Viajamos muito, o que me distraiu bastante. Também me tirou por um tempo do acompanhamento médico, então o último exame que me lembro de ter feito foi a morfológica do segundo trimestre (com 20 semanas). Tudo perfeito com Alice e fui liberada para ficar esse tempo à vontade. rs

Sintomas de ultimamente:

-CÃIMBRAS.
Sempre de madrugada, quando estou em um sono bom e profundo. Basta eu espreguiçar as pernas inocentemente, para os músculos da batata da perna se revoltarem e iniciarem um processo de tortura comigo! Já é quase rotina da madruga:
"AHHHHHHHHHHHHHH CÃIMBRAAAAAAAAAA AI AI AI AI AI"
Meu marido acorda no susto e já procura o local correto pra massagear. (E eu de fundo "AI AI AI AI AI AI ...")
Quando eu falo "Passou, passou..." , meu marido vira pro lado e dorme como se nada tivesse acontecido ( e as vezes nem lembra no dia seguinte) hahaha

Li que pode ser falta de calcio ou ferro no organismo (não me recordo agora qual), mas que refrigerante impede a absorção dessa vitamina no organismo. E eu realmente estava me esbaldando na Coca Cola.Bastou parar o consumo que as malignas pararam de aparecer de surpresa.


-ENJOOS.

Não são tão intensos como no primeiro trimestre, porém estão presentes. Em todas as refeições que eu faço, a ansia de vomito aparece nas ultimas garfadas e eu não consigo comer mais. Não estou tomando nada pra melhorar, não chega a precisar.

-CÓLICAS

Beeem fortes. Fortes como as da menstruação, descendo para as pernas. Não cheguei a tomar Buscopam Composto por falta do mesmo em casa, e eventualmente a dor some...

Outro tipo de dor que venho sentindo, é uma pressão muito forte na região pélvica e na vagina, que me impedem de andar direito. Ou eu paro e descanço, ou ando um passo por minuto bem devagar. Dizem que é o bebê encaixando, mas isso só saberei na próxima ultra.

-CONTRAÇÕES DE TREINAMENTO/ BRAXTON-HICKS

Comecei a sentir com 16 semanas (mais ou menos), mas no terceitro trimestre elas se tornaram mais frequentes, com uma duração maior, e são bem mais incômodas.
A barriga toda endurece muito, por em média um minuto.
Geralmente é só mudar de posição que melhora. No meu caso se eu seguro xixi por muito tempo, elas aparecem. E só melhoram depois de ir ao banheiro mesmo.



Hoje estou com 29 semanas e 3 dias de gestação (7 meses), quase tudo pronto para a chegada da princesa. Falta apenas o chá de bebê que pretendo organizar para o final de fevereiro. E depois as ultimas semanas deixarei pra lavar as roupinhas e os retoques finais. =)